Atualmente quando pensamos em produtividade é comum que o setor automobilístico venha à nossa mente, com processos automatizados, padronizados com diferentes componentes que são montados e juntos formam o produto final.
Quando olhamos para o setor da construção civil, percebemos um ritmo desacelerado que ainda consiste em diversos operários trabalhando manualmente no local de produção. Essa mão de obra extensiva e uso das soluções convencionais mostra algumas fragilidades do setor:
- Risco climático: Como 100% das atividades são feitas no canteiro de obra estamos expostos a imprevisibilidade climática durante o processo construtivo.
- Trabalho manual: Com o uso extensivo de mão de obra temos menor controle na qualidade, além de enfrentar maior número de retrabalhos e patologias futuras na construção.
- Linha produtiva: Como o trabalho é feito manualmente e no mesmo local, não existem muitos trabalhos que podem ser feitos simultaneamente, e quando algum atraso ocorre deixamos mão de obra ociosa.
- Ambiental e Resíduos: Os métodos construtivos tradicionais habituam-se a trabalhar com materiais nocivos ao meio ambiente que podem comprometer o solo e o entorno do empreendimento. É comum também retrabalhos na execução dos serviços resultando em alto volume de entulho. Além disso, durante existe um excessivo transporte de insumos onde muito disso é perdido no trajeto, armazenamento ou utilizado no “retrabalho”.
- Estoque: Com o transporte, armazenamento e execução dos trabalhos realizada de forma manual perdemos muitos recursos nesse processo, por isso é comum o dimensionamento de insumos acima do necessário, ocasionando em problemas logísticos e aumento de estoque no canteiro.
É verdade que a complexidade volumétrica do produto dificulta sua automação e desmembramento, mas será que não podemos trabalhar de outra forma, será que existe algumas soluções que juntas podem mudar esse cenário pensando de forma sustentável e ainda melhorando a produtividade e confiabilidade do setor?